No dia 30 de junho, há exatamente 10 anos, o futebol brasileiro conquistava o seu quinto título da Copa do Mundo FIFA na Coreia do Sul e Japão. As madrugadas nunca foram tão tensas e emocionantes, embaladas pela paixão nacional por uma seleção que chegou à disputa desacreditada, que havia conquistado a sua classificação na repescagem, porém que cresceu durante o torneio e venceu a Alemanha pelo placar de 2x0 na finalíssima.
Convém frisar que nas últimas edições de Copa do Mundo, a de 2002 foi a mais atípica. Gigantes do futebol foram eliminados sequencialmente, possibilitando a ascensão de surpresas. A França, tida como favorita - campeã mundial em 1998 e da Eurocopa em 2000 - decepcionou a todos ao ser desclassificada prematuramente na fase de grupos sem marcar um gol sequer. Uma típica revanche pelo fracasso brasileiro em 1998. Ao mesmo tempo, sorte e competência caminhavam juntas com a seleção.
Inglaterra e Alemanha foram os adversários mais imponentes da trajetória brasileira, embora as partidas contra Bélgica e Turquia nas oitavas-de-final e estreia, respectivamente tenham sido as mais dramáticas. Quem poderia afirmar que Turquia e Coreia do Sul decidiriam o 3° lugar da competição. Talvez somente os deuses do futebol saibam o motivo pelo qual a seleção turca nunca mais conseguira a classificação para disputar a Copa do Mundo. Simples lampejo, e dos raros.
Só de olhar para sua fisionomia, muitas crianças se assustavam. O alemão Oliver Kahn foi sem dúvida o melhor goleiro da competição, embora Marcos com suas excepcionais atuações não tenha ficado atrás. Somente não foi o destaque porque um camisa n°9 que mais uma vez se superou tornando-se o herói do título. A letra "R" estava na moda. A dupla Ronaldo e Rivaldo foi sinônimo de superação. Ambos corriam o risco de serem cortados por lesões no joelho e impressionaram a todos pelo futebol jogado em alto nível. E na equipe ainda jogava Ronaldinho Gáucho. Aquele gol de falta contra os ingleses, ele cruzou ou chutou a gol? Como eu queria saber a resposta.
A grande muralha, Kahn, um dia antes da decisão, havia sido condecorado com o prêmio de melhor jogador da Copa. Escolha injusta. No dia seguinte a muralha foi derrubada duas vezes e o erro foi reparado com a escolha do melhor jogador do mundo. A menos de dois anos para o início do mundial no Brasil será necessário muito empenho desta seleção para que a tão cobiçada taça volte para casa. Não há como comparar a seleção de atual com a de 2002. Neymar e Ganso que me desculpem
*Veja os melhores momentos do jogo do penta!
Mattheus Reis