quinta-feira, 28 de julho de 2011

Exemplo a ser seguido

                                 1 ano para Londres-2012



O dia 27 de julho de 2011, foi de festa para os londrinos. Daqui a exatamente 1 ano, terá início a 30ª edição da maior competição esportiva do mundo. Segundo autoridades inglesas, por volta de 90% das instalações estão concluídas. Pontualidade britânica sempre a frente. A capital aguarda anciosamente pelo término da contagem regressiva pois, eles não sediam uma Olimpíada desde 1948.


    Na disputa pela conquista do direito de organização dos jogos, Paris, sua grande rival, era dada como vitoriosa antecipadamente por seu projeto inovador e charmoso. Não venceu. Talvez Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), conjuntamente com seus diretores, optaram pela eficiência e garantia: aspectos característicos do Reino Unido.
    É compreensível que não foi fácil pôr em prática toda esta engenharia arquitetada no projeto. No meio das obras, o mundo conviveu com a recessão econômica de 2008. A Inglaterra, por ser uma das principais potências mundiais, foi afetada diretamente com isso, sendo obrigada a realizar impactantes cortes no orçamento.
    Contudo, a organização do evento se superou e pelo visto, tudo será entregue no mínimo com 6 meses de antecedência. Exemplo de eficiência, precisa-se admitir. Isso foi facilitado pela complexa e bem estruturada rede de transportes já existente, desde o anúncio oficial do COI. Londres, com 11 linhas, 402 Km de traçado e 270 estações tem o metrô mais moderno do mundo, além de seu aeroporto (Heathrow) ser um dos mais movimentados e seguros.
    Mesmo com todos esses dados impressionantes, o governo estimula o uso de meios sustentáveis de transporte como táxis ecologicamente corretos - menos poluentes - e de bicicletas com a ampliação de ciclovias nos locais de competição.   
    Depois do encerramento de Londres-2012, os 4 anos seguintes serão de vital relevância para o Rio de Janeiro, que abrigará de forma sucessória os Jogos Olímpicos, em 2016. A cidade começa a se transformar com o início de obras importantes, mas para a total obtenção de sucesso, é necessário se espelhar na grandiosidade de Pequim-2008 e principalmente no exemplo de eficiência oferecido por Londres-2012. Com esses ingredientes, a Cidade-Maravilhosa, e olímpica, terá todas as credenciais para realizar a maior edição de olimpíada dos últimos tempos. Temos potencial. É só querer!

                                              Mattheus Reis
   

quarta-feira, 20 de julho de 2011

E.U.A. em mais uma guerra

                                          14 dias para o calote

O presidente norte-americano Barack Obama, tenta convencer incessantemente o congresso a elevar o teto de endividamento do governo para que este, possa honrar seus compromissos como o pagamento de dívidas e do funcionalismo público.                           

     Caso o projeto de aumento do limite devedor seja reprovado, o governo não poderá pagar mais nenhum credor pois, não haverá receitas para isso, caracterizando o calote. Com dívidas de U$$ 14,3 trilhões, Obama já foi obrigado a sacar todos os recursos provenientes de fundos emergenciais para atrasar ao máximo o início da crise
   Contudo, o tempo não é o único adversário dos E.U.A. Em meio á tensão, parlamentares republicanos e democratas ignoraram a crítica situação do país e desistiram da cooperação, para a defesa de interesses próprios, criando uma acirrada disputa política. E sempre julga-se os americanos como super-patriotas, - O bem estar do Estado acima de tudo - não é assim.
    Os republicanos tentam inviabilizar a aprovação da medida exclusivamente, por serem opositores do presidente e, buscam dessa forma, gerando crise, desestabilizar sua popularidade e conquistar a presidência, em 2012, mesmo Obama tendo fôlego temporário com a morte de Bin Laden, meses atrás. 
    Democratas propõem o aumento de impostos entre os mais ricos, fazendo com que a economia ainda em recuperação da crise de 2008 - um dos motivos causadores dessa possível nova recessão - não fosse sacrificada com tanta veemência. 
    Essas ações contrariam a oposição, defensora de cortes em programas sociais e do aumento geral de impostos.
    É lógico que Obama não cogita de maneira alguma, ceder às sanções republicanas. Seria um suicídio. Comprometeria sua reeleição. Afetaria a população. A favor da elevação do teto estão 60% do eleitorado, ou seja, apoiam Barack.
    Vale o destaque dos excessivos gastos nas guerras do Afeganistão e Iraque quando, o republicano George W. Bush detinha o poder e o povo convivia com o caos da saúde.
     A provável  recessão atingiria o mundo devido a gigantesca quantidade de investimentos financeiros existentes no país. Somente a China possui cerca de U$$ 1 trilhão destes, injetados. A moratória resultaria na perda de todos esses valores empregados. Logo, não seriam pagos.
     Ademais, agências do setor ameaçam transformar a nota de segurança econômica dos americanos de "AAA" (mais alta) para "D" (a menor delas). Em suma, os EUA seriam um péssimo país para investir.
     O Brasil sofreria significativo impacto, porque a base de sua economia esta relacionada à exportação de Commodities. O preço dos alimentos é atrelado a situação financeira mundial. Em tempos recessivos, o fluxo de vendas para o exterior é menor, caracterizando défcit.
     Mediante todo caos que poderia ocorrer, é impossível que não haja consenso nos próximos dias entre os partidos. Democratas X Republicanos: essa é a guerra pela qual atravessa os E.U.A. O acordo vai sair; espera-se. Caso contrário, o tempo corre na velocidade da luz. Restam 14 dias e contando... Tio Sam, socorro!!

                      
                                           Mattheus Reis

domingo, 17 de julho de 2011

O que foi aquilo?

                1 é pouco, 2 é bom, 3 é demais, mas 4...

Desde o início da Copa América o torcedor brasileiro, já tomava ciência da qualidade técnica que a seleção brasileira apresentava: pouca. Porém, não cogitava-se pela mente de ninguém que depois de uma boa atuação do time no tempo regular, aconteceria a indisplicência nas cobranças de pênalti 

   O bom nível futebolístico apresentado diante da frágil e modesta equipe do Equador, gerou uma falsa imagem da estabilidade do time treinado por Mano Menezes. Pura ilusão.
    Não comentarei acerca do jogo de hoje. Todos sabem da lástima ocorrida. A Copa América era o ponto de partida para a afirmação dessa seleção, rumo ao tão sonhado hepta em 2014. Começamos muitíssimo mal.
    Não seria ousadia alguma e irresponsabilidade caso, Mano Menezes convocasse maior quantidade de jogadores que atuam no país. Há vários exemplos que possuem tal suporte e defender a "amarelinha que mais uma vez amarelou": Arouca, Thiago Neves, Dedé e outros. E por que não Kaká , Ronaldinho Gaúcho e Adriano - quando estiver recuperado. Vale a tentativa.
    Lembrando que, restam poucos jogos para a Copa no Brasil em virtude, da não participação do país, por ser o anfitrião do torneio, nas eliminatórias sul-americanas. Corremos contra o tempo...
Para provar a ineficácia da superstição, hoje comemora-se - ou deveria-se comemorar - os 17 anos da conquista do tetracampeonato mundial de 1994, no estádio Rose Bowl, em Los Angeles, E.U.A., vencido exatamente nas cobranças de penalidades sobre a Itália. Acredito que, os "craques" do Brasil tenham se inspirado em Roberto Baggio, o responsável pelo desperdício na série, garantindo o título brasileiro.
    E, praticamente todos criticaram o então técnico Dunga por não ter relacionado para a Copa de 2010, Ganso e Neymar. Nada como o tempo para determinar que estava certo. Infelizmente, vamos ter que engolir essa e, admitir que Dunga não é burro. Quem ousa questionar?

                                            Mattheus Reis

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Nascimento de uma nação

                                          Nova palavra

Em 2005, estabeleceu-se um termo de compromisso no qual, o ditador sudanês Omar al-Bashir organizaria um referendo acerca da emancipação do território localizado no sul do país. O Sudão do Sul, possui características e tradições divergentes em relação à porção norte. No domingo, o plebiscito foi realizado e a independência proposta foi aprovada por mais de 95% da população. A África ganha um novo país, porém com grandes desafios.  

   Uma das maiores diferenças entre as regiões, se dava no aspecto religioso. Cristãos e muçulmanos, respectivas religiões do sul e do norte nunca, firmaram laços de amizade permanentes sendo, os seguidores de Cristo, perseguidos pelos islâmicos. A maioria dos conflitos era originada por este fator que teve ápice na Guerra Civil.
   Fora isso, vale a ressalva da importância do Sudão do Sul na economia sudanesa. Por volta de 75% da extração petrolífera é realizada naquela parte do território. Conforme as regras do acordo de paz, sul e norte dividiriam os lucros da produção do brent. Eis a injustiça. Este é um dos motivos da não rejeição de al-Bashir à separação. O norte está se beneficiando da riqueza do sul.
   Riqueza entre aspas. Como na maioria dos Estados africanos, e no Sudão não será diferente, os problemas da miséria, saúde e violência são algo desafiador para os líderes locais.
   Somado a isso, Salva Kiir (à esquerda, na foto), ex-chefe do Exercito popular de Libertação do Sudão que será o 1° presidente da nação, conviverá com a intensa interferência e pressão de Omar al-Bashir (à direita na foto), único chefe de Estado em exercício no mundo, ao lado de Muamar Kadafi, a ter ordem de prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional, por violação aos direitos humanos. 
  É perceptível que, Kiir enfrentará diversos obstáculos para melhorar seu país, mas os sul-sudaneses estão muitíssimos mais interessados em ter conquistado a liberdade. Essa palavra não existia no vocabulário deles.   

         

Leia mais sobre a Independência do Sudão do Sul:

                                        Mattheus Reis

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Modernidade X obsolência

                                   A dependência da China

Gostaria de esclarecer que este artigo foi elaborado por Antonio Barros Leal, preseidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e, foi publicado na edição carioca do Jornal "O Globo" em 05/07/2011.

   Quando eu era menino, a expressão popular "vá pra China" era insulto grave. Hoje, só se vai pagando muito. A história recente desse país nos leva a crer na capacidade do ser humano de se rebelar contra a realidade produzida por outros e criar sua própria estrada. Depois de séculos de exploração estrangeira, de anos sob um comunismo destruidor de valores e individualidades, a China vive período de importante renascimento econômico. O abandono de dogmas ultrapassados e produzidos por uma camarilha que cuidava apenas de seus favores e privilégios, vem demonstrando que a paciência chinesa tem características surpreendentes.
   O crescimento econômico, baseado em identificação de potencialidades, na definição de procedimentos, na construção de parcerias e na capacitação pessoal e profissional, permitiu uma alocação de riquezas sem precedência.
   A coragem da escolha dos Estados Unidos como sócio para o desenvolvimento, ultrapassando uma histórica diferença, já era o sinal de que a aparente leniência da China daria lugar a um pragmatismo com resultados planejados e controlados. O depósito dos ganhos, desde os primeiros resultados positivos, em títulos da dívida americana, era uma espécie de garantia de que o casamento sino-americano era para sempre e leal.
   Entretanto, a convivência democrática, das liberdades civis, políticas e individuais, deveria ser uma condição básica para integrar a comunidade internacional. A China conseguiu que vários países, inclusive o nosso, definissem-na como economia de mercado para o seu reconhecimento na OMC. Fizeram bem em não chamá-la de mercado livre.
   Há perguntas esperando respostas, por exemplo: como vão enfrentar o grito de Hong Kong para a retomada da plenitude do "ser livre", desfrutada nos cem anos sob a bandeira britânica e ameaçada com a reanexação? Como criar universidades modernas, sem conceder liberdade de pensamento? Como competir com as conquistas trabalhistas dos fraternos operários de Taiwan e do resto do mundo, para onde exportam seus produtos? E no dia em que professores e trabalhadores resolverem fazer uma greve? Vai ter cadeia para todos? E a imprensa livre? E a decisão dos pais de terem o número de filhos que bem entenderem, sem o risco de enquadramento na "lei" do filho único? Como inibir tanta gente de ler o que prefere ou navegar na internet? Só a democracia - com todos seus defeitos - condiciona um povo à plenitude da vida, à aceitação dos contrários e respeito ao próximo.
   Disputar o mercado mundial implica, necessariamente, ter condições parelhas de salários, benefícios, horas de trabalho, dignidade e outras vitórias já empalmadas pelos trabalhadores do mundo livre. A Índia, com população tão grande como a China, tem provado que o argumento "muita gente" não justifica a falta de liberdade, nem impede o crescimento econômico. O simples acumular de dólares, a construção de megaobras, a industrialização à custa de generosos subsídios poderão levar a China, certamente, a um estado de riqueza, mas, jamais, sem qualquer dúvida, a uma nação justa, livre e digna de seus cidadãos.
   A dependência atual da economia brasileira em relação à China - exportando produtos primários e importando industrializados, de carros a computadores - precisa de reflexão mais profunda e avaliação temporal responsável. Em que condições produzimos? Quais direitos desfrutam nossos trabalhadores? A que custo mantemos nossas liberdades? Até quando vale a pena lidar com parâmetros tão diversos numa economia globalizada e exigente?
   O Brasil precisa queimar etapas, investir em desenvolvimento de pesquisas, qualificar suas escolas e produzir com altos níveis de agregação tecnológica para que seus trunfos de liberdades e direitos humanos possam ser um diferencial que o leve a um futuro grandioso.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/07/05/a-dependencia-da-china-924843560.asp#ixzz1RMmsAfrk
© 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

Impossível piorar

                                            Penúria Grega

   A crise econômica assolou a Grécia. Sem verbas para saldar seus compromissos financeiros o país, recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a viabilização de empréstimos e apoio. Já são mais de  250 bilhões de euros injetados para o contorno da recessão.
  Um dos responsáveis por toda esta instabilidade se refere à constante desvalorização do dóllar no mercado externo. Mesmo o euro sendo competitivo, mais sólido e valorizado que o dóllar, a moeda norte-americana ainda detém maior influência no cenário econômico a européia.
  O Brasil, logicamente em escala muitíssimo inferior, vem sofrendo tais reflexos de todo o contexto. Como exemplo cita-se a elevação da taxa básica de juros (Taxa Selic) e da inflação, como métodos de contenção da bolha econômica - super aquecimento da economia. Apenas de realce, a inflação pode alcançar metas de 6.5% até o final de 2011.; para especialistas, valor significativamente alto para um início de mandato - que são sempre "salgados", na média.
   Soma-se a isso a eleição de Christine Lagarde ao comando do FMI. Uma sucessão é sempre complicada e cautelosa. Ainda mais se tratando de Dominique Strauus-Kanh, envolvido em um escândalo sexual. E cautela, não está no vocabulário dos gregos. Os protestos na capital Atenas, são reflexos da impaciência do povo perante ao governo. Irlanda e Portugal também agonizam. E há um aspecto de tranquilidade em torno da situação. 
    É preciso, maior poder de decisão por parte das instituições financeiras  globais; que seus diretores arrisquem, sejam ousados e não, conservadores demais. Com isso crises desse porte não assombrariam o mundo com tamanha frequência. Já basta a Crise de 2008! Da Grécia, não se pode exigir muito. Sem menosprezá-la, trata-se de um país turístico e agrícola, com pouco desenvolvimento industrial. Sair da crise sozinha, seria como tirar ovos de ouro de um porco. Impossível.

                                            Mattheus Reis