quarta-feira, 10 de junho de 2015

Inovação no mercado de trabalho

                                                          O fator "Y"


       Qual é o seu grande objetivo profissional? Se você está inserido na faixa dos 20 a 30 anos de idade e está ingressando no mercado, provavelmente em sua lista de prioridades está a busca pela felicidade no emprego, e não apenas um bom salário, independentemente da carreira que você deseja seguir. Essa é uma das características mais marcantes da chamada “Geração Y”, da qual fazem parte jovens nascidos entre as décadas de 1980 e 1990 e tida como revolucionária ao exigir, mesmo que indiretamente, mudanças nas relações de trabalho.
       As demandas do mercado de trabalho, na atualidade, dão cada vez mais valor à criatividade, à proatividade e à pluralidade de conhecimentos e tarefas de um candidato a uma vaga. Não é à toa, portanto, que a Geração Y - inserida, em sua maior parte, em um período de intensa inovação tecnológica e de acesso rápido a múltiplas informações e perspectivas sobre diversos assuntos do cotidiano - está cada vez mais presente na força de trabalho do Brasil e do mundo, como um todo, já que se enquadra nos principais modelos de profissionais desejados pelas empresas, sobretudo aquelas relacionadas à indústria criativa, tecnológica e da informação, como Google, Facebook e Intel.
       A questão salarial não deixou de ser considerada, embora outros interesses apontados por essa geração mergulhada no mundo tecnológico, como a sensação de contribuição ao crescimento produtivo da empresa, valorização por chefes e superiores além do bem-estar ao exercer a profissão estejam ganhando força.
       Sabendo da necessidade de acompanhar as transformações nas relações de trabalho, algumas empresas correm para se adequar e criar um agradável ambiente de trabalho com o objetivo de atrair os “exigentes” profissionais da Geração Y. Muitas delas investem na flexibilização de horários, principalmente àqueles que têm filhos pequenos, espaços de lazer, convênios e descontos para cursos de aprimoramento, e atividades físicas, como yoga e pilates.
       Tal mudança de paradigma, porém, ainda não é regra. Poucos setores da economia e empresas de pequeno e médio porte já empregam essa filosofia. Expandi-la para setores além da tecnologia e da publicidade, ou seja, para indústria pesada, com muitos funcionários, é desafiante, mas pode render frutos em um futuro não tão distante. No caso específico do Brasil, aponta a consultoria de recursos humanos Hays Recruting Experts Worldwide, é preciso incluir empresas maiores como também outras regiões do país: apenas o sudeste tem um percentual representativo da Geração Y ocupando os postos de trabalho disponíveis (43%).
       Existe praticamente um consenso entre especialistas em gestão, consultores de recursos humanos e psicólogos que trabalhar com satisfação e qualidade de vida garante maior produtividade e, consequentemente, impulsiona a economia. A Geração Y, apesar de ser criticada muitas vezes injustamente pela dispersão e ansiedade, é importante, nesse contexto, por ter iniciado uma modificação no ambiente, até antes, rígido das empresas e por estimular o bem-estar na carreira tanto entre as gerações anteriores de trabalhadores, como a “X”, quanto àquelas que ainda virão. Promover bem-estar aos seus funcionários pode ser inicialmente um gasto para empreendedores embora seja convertido mais rápido do que se espera em investimento, e bastante rentável.




OBS: As empresas mencionadas no texto são apenas exemplificações. Não há qualquer vínculo de publicidade entre tais empresas e o administrador do blog.


*Leia mais sobre o assunto:
http://exame.abril.com.br/topicos/geracao-y
http://redeglobo.globo.com/como-sera/videos/t/edicoes/v/o-intercambio-de-experiencias-entre-as-diferentes-geracoes-no-trabalho/3930856/


                                                            Mattheus Reis