Qual é o seu grande objetivo profissional? Se você está
inserido na faixa dos 20 a 30 anos de idade e está ingressando no mercado,
provavelmente em sua lista de prioridades está a busca pela felicidade no
emprego, e não apenas um bom salário, independentemente da carreira que você deseja
seguir. Essa é uma das características mais marcantes da chamada “Geração Y”, da
qual fazem parte jovens nascidos entre as décadas de 1980 e 1990 e tida como
revolucionária ao exigir, mesmo que indiretamente, mudanças nas relações de
trabalho.
As demandas
do mercado de trabalho, na atualidade, dão cada vez mais valor à criatividade,
à proatividade e à pluralidade de conhecimentos e tarefas de um candidato a uma
vaga. Não é à toa, portanto, que a Geração Y - inserida, em sua maior parte, em
um período de intensa inovação tecnológica e de acesso rápido a múltiplas
informações e perspectivas sobre diversos assuntos do cotidiano - está cada vez
mais presente na força de trabalho do Brasil e do mundo, como um todo, já que
se enquadra nos principais modelos de profissionais desejados pelas empresas,
sobretudo aquelas relacionadas à indústria criativa, tecnológica e da
informação, como Google, Facebook e Intel.
A questão
salarial não deixou de ser considerada, embora outros interesses apontados por
essa geração mergulhada no mundo tecnológico, como a sensação de contribuição
ao crescimento produtivo da empresa, valorização por chefes e superiores além
do bem-estar ao exercer a profissão estejam ganhando força.
Sabendo da
necessidade de acompanhar as transformações nas relações de trabalho, algumas
empresas correm para se adequar e criar um agradável ambiente de trabalho com o
objetivo de atrair os “exigentes” profissionais da Geração Y. Muitas delas
investem na flexibilização de horários, principalmente àqueles que têm filhos
pequenos, espaços de lazer, convênios e descontos para cursos de aprimoramento,
e atividades físicas, como yoga e pilates.
Tal mudança
de paradigma, porém, ainda não é regra. Poucos setores da economia e empresas
de pequeno e médio porte já empregam essa filosofia. Expandi-la para setores
além da tecnologia e da publicidade, ou seja, para indústria pesada, com muitos
funcionários, é desafiante, mas pode render frutos em um futuro não tão
distante. No caso específico do Brasil, aponta a consultoria de recursos
humanos Hays Recruting Experts Worldwide, é preciso incluir empresas maiores
como também outras regiões do país: apenas o sudeste tem um percentual
representativo da Geração Y ocupando os postos de trabalho disponíveis (43%).
Existe
praticamente um consenso entre especialistas em gestão, consultores de recursos
humanos e psicólogos que trabalhar com satisfação e qualidade de vida garante
maior produtividade e, consequentemente, impulsiona a economia. A Geração Y,
apesar de ser criticada muitas vezes injustamente pela dispersão e ansiedade, é
importante, nesse contexto, por ter iniciado uma modificação no ambiente, até
antes, rígido das empresas e por estimular o bem-estar na carreira tanto entre
as gerações anteriores de trabalhadores, como a “X”, quanto àquelas que ainda
virão. Promover bem-estar aos seus funcionários pode ser inicialmente um gasto
para empreendedores embora seja convertido mais rápido do que se espera em
investimento, e bastante rentável.
OBS: As empresas mencionadas no texto são apenas exemplificações. Não há qualquer vínculo de publicidade entre tais empresas e o administrador do blog.
*Leia mais sobre o assunto:
http://exame.abril.com.br/topicos/geracao-y
http://redeglobo.globo.com/como-sera/videos/t/edicoes/v/o-intercambio-de-experiencias-entre-as-diferentes-geracoes-no-trabalho/3930856/
Mattheus Reis