segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Chegadas e partidas

                                                           Recomeço


    
     Como o ano de 2014 será marcado pelo esporte, sobretudo pelas emoções da "Copa das Copas" no Brasil, a primeira postagem do ano não poderia estar relacionada a outro assunto. Cristiano Ronaldo foi eleito pela segunda vez o melhor jogador do mundo, relegando seus adversários na disputa, Lionel Messi e Franck Ribery, a segundo plano. O craque português vem para tremer os gramados brasileiros daqui a alguns meses.
     Cristiano Ronaldo fez uma temporada brilhante como estrela do Real Madrid (ESP), neste ano, assim como nos anos anteriores. Em 2013, ele marcou um gol a cada 76 minutos de bola rolando, uma média superior a um gol por partida. Entretanto, o título de melhor jogador do mundo só foi conquistado agora. Messi não concedeu oportunidades nos anos anteriores para que o craque português brilhasse mais. Por conta de uma série de lesões, o argentino não pôde mostrar em campo todo o seu potencial técnico sobrenatural e alucinante.
     Não se pode afirmar, todavia, que Messi seria o vencedor da disputa caso estivesse em plena forma. A "sombra" de Messi aproveitou. O desempenho de Cristiano Ronaldo nos dois jogos contra a Suécia, na repescagem para a Copa do Mundo de 2014, apenas confirmou o seu favoritismo na  eleição da FIFA. Ali, decidiu-se tudo. Era dele. 
     Em 2008, na primeira vez em que se consagrou como o craque da temporada, lembro da primeira frase dita por Cristiano Ronaldo em seu discurso de agradecimento: "Agora, pode soltar os fogos de artifício". Desta vez, sua postura foi completamente diferente, o que revela um grande amadurecimento e uma maior modéstia. Ele, talvez, não esperava que fosse tão difícil repetir o feito de 2008, não esperava que Messi ocuparia seu posto por tanto tempo. Emocionado, ele mostrou uma postura perante à família do futebol que vem a confirmar os relatos de seus companheiros de time, que afirmam que toda a sua marra restringe-se aos gramados.
     Este pode ser um momento de renascimento para o futebol português: ao mesmo tempo em que perde o grande ídolo Eusébio, vê a confirmação de Cristiano Ronaldo como um dos nomes que integrarão a galeria dos grandes futebolistas da história. Se ele igualará ou superará Eusébio, não se sabe, mas ele será o grande ídolo do futebol português de agora em diante. O "rei" passou a coroa para o "príncipe".


                            
                                                                   Mattheus Reis