segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Queda de braço

                                         Virada de jogo

Está em trânsito na Assembléia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) o pedido do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, de reconhecimento unilateral dos territórios palestinos como Estado independente. Com grande apoio, os palestinos esbarram em Israel e E.U.A. para conquistar sua emancipação.
    No apelo, consta a intenção de anexação dos territórios pertencentes à Palestina antes de 1967, no período da "Guerra dos Seis Dias". Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro judeu - juntamente com os norte-americanos - endoça e prioriza os diálogos pela manutenção da paz.
    Embora, há pelo menos 2 anos não tenha sido registrados embates entre Israel  e Palestina, as conversas estagnaram e o Fatah, partido de Abbas, visualiza na independência  um modo de apaziguar a região.
    Mesmo com a adesão da população palestina, o premier enfrenta sanções do opositor Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Este grupo teme que caso o apelo seja aprovado, a Palestina que necessita de recursos financeiros externos dos E.U.A., venha a perder este auxílio, aumentando a dificuldade para erguer o proposto Estado. É um risco que Abbas assumirá se seguir em frente neste processo.
    Os E.U.A. declararam publicamente que vetarão a medida. Se cumprir a determinação, o país - membro permanente do Conselho de Segurança da ONU - impede o sonho do primeiro-ministro palestino.
    Obama está sendo internamente muito criticado pelo seu governo, mas tem razão e nexo no que ele afirmou nos debates: "Não são resoluções da ONU que instalarão a paz entre israelenses e palestinos". De fato, a independência geraria fúria em Israel pela perda de alguns territórios fazendo com que a insatisfação mude de lado, enquanto a Palestina vibra e comemora.
    A decisão deverá ser anunciada até o final da semana e independentemente do resultado, o conflito entre estes povos não será solucionado. Uma hora a Palestina conseguirá a independência, entretanto isso não significa o fim das conversas pela paz e estabilidade. Quem sabe, em um futuro próximo uma flâmula branca seja fincada entre as bandeiras de Israel e Palestina.


* Leia mais sobre a "Questão Palestina"!


                                               Mattheus Reis 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Não é novidade

                                         Sonho distante

Semana passada, foi divulgado o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) constando um dado que infelizmente, não é surpreendente: Menos de 50% dos estudantes avaliados obtiveram notas acima da média - 500 pontos. Como uma das consequências, em matéria publicada no Jornal "O Globo", deste último domingo, um estudo comprovou que os profissionais brasileiros não são capacitados o suficiente para um mercado global cada vez mais exigente.  
   
   Nesta pesquisa, a consultoria "Heidrig & Struggies" afirma que dentre os 60 países analisados, o Brasil ocupa a 35ª posição, atrás de todas as nações desenvolvidas e de alguns membros dos Brics, como a Rússia.
   De fato o ensino nacional é precário e o Enem; o espelho deste descaso das autoridades perante a base de sustentação de uma sociedade. Tal obsolência também é demonstrada na adoção do referido exame - uma prova descriteriosa e sem crédito - sendo o método de ingresso em universidades, como exemplo, a UFRJ.
   Se o ensino fundamental for fraco, o ensino médio e superior serão sofríveis. No Brasil, os alunos estudam várias matérias ao mesmo tempo, praticam a "decoreba" e não adquirem conceitos práticos. E.U.A. e Europa adotam formas de priorização de específicas disciplinas para as quais, determinado aluno possui aptidão, executando atividades extracurriculares, associando os conteúdos teóricos e práticos.
   Todavia, essa avaliação revela também a não garantia de qualidade na rede privada. Apenas exceções como o Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, é comparável às instituições européias de ensino, líderes no ranking.
   Mesmo o estado do Rio de Janeiro ocupando lugar de destaque com a maior quantidade de escolas bem avaliadas no ENEM, o abismo entre a boa educação e a realidade brasileira é do tamanho deste país. Maior ainda se comparado com as potências mundiais. A qualificação profissional é a alternativa para a obtenção do desenvolvimento. Pelo visto, o Brasil está descartando esta alternativa para crescer. Não conheço nenhuma outra. 
   





                                               Mattheus Reis

sábado, 10 de setembro de 2011

O mundo mudou, mesmo

                                        Legítimos Culpados

Neste domingo, 11 de Setembro de 2011, o mundo relembra um dos maiores acontecimentos do Século XXI, até o momento. O atentado ao World Trade Center, em Nova York, juntamente com o ataque aéreo à Base de Pearl Harbor, no Havaí, foram os únicos a atingirem territórios norte-americanos. Conceitos e opiniões acerca dos muçulmanos foram aprofundados e modificados. Mudou tudo.
   
   Os islâmicos que não possuem ligação alguma com redes terroristas e já eram alvo de preconceito, após o 11 de Setembro foram generalizados como extremistas, surgindo um grande "medo" por parte dos americanos. Grande equívoco. A parcela de simpatizantes a esses grupos em relação a toda população islâmica não alcança míseros 0,1%. Trata-se da lógica: Um culpado, todos condenados.
    Tais manifestações antissemitas têm como única e triste consequência o acirramento étnico e cultural entre estes povos. Embora tenha apaziguado a região, Iraque e Afeganistão quando invadidos pelas tropas, apenas estimulam o ódio explícito dos árabes e a Jihad (Guerra Santa), fora os inúmeros gastos financeiros que não apresentaram nenhum resultado eficiente. No Iraque, o governo buscou armas de destruição em massa - como se Saddam Hussein fosse capaz militar e economicamente de deter específico arsenal - já no Afeganistão, pela caçada ao líder da al-Qaeda e mentor do atentado às "Torres Gêmeas". Todavia, Osama Bin Laden foi encontrado no vizinho Paquistão
    Atualmente, ambos os países se encontram em situação econômica deplorável. Com gastos absurdos na segurança de aeroportos e vias de entrada, os E.U.A. não ficam atrás pois, se encontram em recessão que, poderia ser menor caso o confronto já estivesse encerrado. A Guerra não leva a lugar algum e não deixa vencedores.
    Chega a ser, de certo modo, conflitante pensar que determinadas organizações tenham como lema, impedir a construção de mesquitas em solo americano. Diante de situações em que pessoas inocentes são assassinadas em massa, é compreensível que o lado emocional se sobreponha ao racional. Mesmo assim, tal atitude e perseguição não são justificáveis.
    Foi brutal o que ocorreu 10 anos atrás. É uma mágoa incurável. O sentimento de vingança ecoa mais alto. Todas estas afirmações são verdadeiras, porém é necessário que os americanos percebam e se conscientizem que a legítima culpa se deve aos grupos terroristas - que podem ser intitulados de tudo menos de seguidores do islã - em vez dos muçulmanos como um todo.

 * Leia mais sobre o 11 de Setembro!
 http://oglobo.globo.com/mundo/11-de-setembro/
 http://oglobo.globo.com/mundo/11-de-setembro/info/10-formas-de-contar/

     
                                               Mattheus Reis