segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Não é novidade

                                         Sonho distante

Semana passada, foi divulgado o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) constando um dado que infelizmente, não é surpreendente: Menos de 50% dos estudantes avaliados obtiveram notas acima da média - 500 pontos. Como uma das consequências, em matéria publicada no Jornal "O Globo", deste último domingo, um estudo comprovou que os profissionais brasileiros não são capacitados o suficiente para um mercado global cada vez mais exigente.  
   
   Nesta pesquisa, a consultoria "Heidrig & Struggies" afirma que dentre os 60 países analisados, o Brasil ocupa a 35ª posição, atrás de todas as nações desenvolvidas e de alguns membros dos Brics, como a Rússia.
   De fato o ensino nacional é precário e o Enem; o espelho deste descaso das autoridades perante a base de sustentação de uma sociedade. Tal obsolência também é demonstrada na adoção do referido exame - uma prova descriteriosa e sem crédito - sendo o método de ingresso em universidades, como exemplo, a UFRJ.
   Se o ensino fundamental for fraco, o ensino médio e superior serão sofríveis. No Brasil, os alunos estudam várias matérias ao mesmo tempo, praticam a "decoreba" e não adquirem conceitos práticos. E.U.A. e Europa adotam formas de priorização de específicas disciplinas para as quais, determinado aluno possui aptidão, executando atividades extracurriculares, associando os conteúdos teóricos e práticos.
   Todavia, essa avaliação revela também a não garantia de qualidade na rede privada. Apenas exceções como o Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, é comparável às instituições européias de ensino, líderes no ranking.
   Mesmo o estado do Rio de Janeiro ocupando lugar de destaque com a maior quantidade de escolas bem avaliadas no ENEM, o abismo entre a boa educação e a realidade brasileira é do tamanho deste país. Maior ainda se comparado com as potências mundiais. A qualificação profissional é a alternativa para a obtenção do desenvolvimento. Pelo visto, o Brasil está descartando esta alternativa para crescer. Não conheço nenhuma outra. 
   





                                               Mattheus Reis

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