segunda-feira, 30 de maio de 2016

Final galáctica



                                             Missão cumprida


Festa emocionante: "galáctico" não
descreve apenas o Real Madrid. A final
 da Liga dos Campeões de 2016 foi galáctica.
      Na partida mais emocionante de 2016, o Real Madrid se deparou novamente com a dramaticidade que existe em enfrentar o Atlético de Madrid em uma decisão de Liga dos Campeões da Europa. Os mais recentes jogos do clássico da capital espanhola tiveram roteiros semelhantes: foram equilibradíssimos. A tensão no sábado foi maior do que na final de 2014, em Lisboa, também disputada entre as duas equipes. O clima de revanche estava no ar, mas, com altos e baixos nos 120 minutos jogados, o Real Madrid conquistou pela 11ª vez o torneio, recorde difícil de ser batido tão cedo. O Atlético de Madrid, por outro lado, mostrou que é possível ir longe no futebol mesmo adotando um estilo de jogo visto equivocadamente por muitos como 'feio'.
      Flamengo e Sport se enfrentaram na 1ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016. O rubro-negro carioca saiu na frente, com um gol marcado pelo meio-campo Éverton aos 5 minutos do primeiro tempo. O que se viu a partir de então foi o time ainda comandado por Muricy Ramalho 'cozinhar' o jogo e esperar o apito final do árbitro, em uma estratégia essencialmente defensiva. A torcida do Flamengo não gostou e criticou a atuação 'passiva' dos jogadores em campo. O exemplo da partida de Volta Redonda (RJ) é uma amostra da realidade também vista em grande parte dos outros jogos disputados pelo Brasil. 
      De fato, o torcedor paga caro pelos ingressos de futebol no Brasil. Estudo elaborado pela BDO Brazil Consultoria constatou que o preço médio do ticket subiu 241% entre 2004 e 2013, enquanto a inflação registrada no mesmo período acumulou alta de 55,1% (IPCA-IBGE).  Quem vai ao estádio, portanto, quer ser recompensado pelo investimento feito. Nada mais do que uma cobrança natural em um meio passional como o esporte. No entanto, as deficiências estruturais apresentadas pelo futebol brasileiro na formação e na manutenção de bons jogadores de meio-de-campo e de ataque impedem o tão desejado espetáculo.
      Somam-se a isso distorções já enraizadas capazes de só aumentar nossa frustração: você ainda crê que "a melhor defesa é o ataque"? Muitas vezes, a criticada 'passividade' em campo é uma estratégia que pode, assim como a ofensividade, ser bem-sucedida ou não.
      No mundo do futebol, o conceito de "belo" está tão associado às bicicletas, dribles e chutes na gaveta que esquecemos, às vezes, quão exuberante também pode ser um desarme bem feito, sem falta. Tivemos, em nosso passado, craques responsáveis por transformar o Brasil no país do "futebol-arte" (Pelé, Garrincha, Zico, Sócrates, Falcão e tantos outros) e ficamos mal-acostumados a achar que só existe um único jeito de jogar futebol. Apesar dos tons apocalípticos e trágicos em torno da eliminação da espetacular seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982, a derrota para a Itália mostrou que, para se alcançar a vitória, podem ser adotadas outras estratégias em campo 
      Diego Simeone é o novo embaixador da filosofia essencialmente defensiva em campo, vista como 'feia', mas responsável por, em 5 anos, conduzir o time colchonero de 'patinho feio' de Madrid para protagonista do futebol europeu. Foi assim que os atuais tutores do futebol total e ofensivo, Barcelona e Bayern de Munique, foram eliminados pelo Atlético de Madrid nas quartas-de-final e semifinais respectivamente. O trabalho do técnico argentino não é bonito de se ver?
    Não existe a hegemonia de um estilo sobre o outro, cada um deles se adequa à realidade de cada time e podem dar certo. Caso contrário, Real Madrid, de trato fino com a bola, e Atlético de Madrid, aguerrido, jamais duelariam de forma tão equilibrada em um jogo tão importante quanto o do último sábado em Milão.
      Sérgio Ramos, ao marcar o primeiro gol do jogo, deu a falsa sensação de que a história de 2014 seria reescrita de forma até mais tranquila, sem riscos. No entanto, havia um percalço, um 'Carrasco' no meio do caminho do Real Madrid rumo à cobiçada taça. O Atlético de Madrid renasceu, pra lá dos 30 minutos do segundo tempo, das cinzas, botou a bola no fundo da rede e uma interrogação na mente daqueles que confiavam no 11º título só porque o Real Madrid é mais forte ofensivamente que o Atlético de Madrid. O destino não conseguiu em 90 minutos julgar quem merecia ganhar a partida e, por isso, pediu uma prorrogação de prazo. Após 30 minutos, o veredicto não veio. Nenhum dos cobradores dos pênaltis bateu de forma displicente, equivocada ou afobada. As traves, então, coroaram os "Reis da Europa". Parece que, em algum lugar místico, um cara ou coroa decidiu tudo.
      Por tudo isso, os prognósticos de uma emocionante final da Champions League se confirmaram. Não à toa, tantas lágrimas escorreram pelos rostos de vencidos e vencedores em campo e nas arquibancadas. 'Galáctico' é um adjetivo historicamente atribuído ao time do Real Madrid, porém o jogo de sábado também merece ser chamado de galáctico porque Simeone e o Atlético de Madrid também foram galácticos durante todo o campeonato, mesmo que os motivos sejam, à princípio, diferentes. Vimos, enfim, um espetáculo! O futebol cumpriu sua missão. E fecham-se as cortinas.
                                    
                                                                      Mattheus Reis.

sábado, 14 de maio de 2016

Um "salvador" sem crédito.

                                   Temer: o 'herói" da vez.


Mais do mesmo: apesar de intitular
 seu governo como de "salvação", o
 plano de governo  de Temer está
 longe de ser unificador após o
 impeachment dividir o país.

     A partir da decisão tomada pelo Senado Federal, de afastar por até 180 dias a Presidente Dilma Rousseff em decorrência do processo de impeachment contra ela instaurado, o então vice, Michel Temer, passa a ser provisoriamente o Chefe de Governo em exercício enquanto não ocorrem o julgamento comandado pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e uma nova votação no plenário do Senado, na qual 2/3 dos políticos da Casa precisam dizer "sim". A aliança política que conduziu Temer à presidência vislumbrou, em meio às dificuldades de articulação política e de estabilização da economia enfrentadas pelo governo Dilma, a possibilidade de viabilizar mais uma vez um antigo projeto do PMDB: conquistar notoriedade no comando do Poder Executivo sem, entretanto, promover mudanças profundas na estrutura política do país.  
     O PMDB carrega em sua história o simbolismo de ter sido o grande partido opositor da Ditadura Militar e mentor da Assembleia Constituinte de 1988, mas também críticas por ser pragmático e não possuir uma plataforma política de propostas homogênea. A legenda é a mais beneficiada pelas brechas da máquina pública para eleger candidatos. Foi assim que conquistou a maior bancada do Congresso durante o mandato de Dilma Rousseff e exerceu o papel de "fiel da balança" em votações  e na formação de coligações eleitorais.  
     Em março, sob alegações de "pouca atenção dada por Dilma e incapacidade da Presidente em agregar forças políticas contra a crise econômica", o partido presidido por Temer há 15 anos anunciou o rompimento definitivo com o governo. Os desgastes, entretanto, foram criados antes, durante a campanha de 2014, e tiveram o estado do Rio de Janeiro como origem. A presença de candidatos do PT e do PMDB, até então aliados, na eleição para governador rachou o PMDB do estado fluminense a ponto de serem formados dois grupos: um a favor da candidatura de Dilma Rousseff, liderado pelo prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, e outro, intitulado "Aezão", que apoiava o candidato tucano e tinha como principais líderes Eduardo Cunha e Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa.
   A chegada de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro de 2015, conferiu-lhe poderes para gradativamente influenciar a posição do partido quanto à continuidade  ou não na base aliada do governo federal; posicionamento este que em algum momento, precisaria ser majoritário. A decisão consumou a separação e o apoio ao impeachment, outros partidos de menor expressão seguiram o mesmo caminho e, assim, foram garantidos os votos necessários à oposição, que, incapaz de criar projetos vencedores em eleições presidenciais, contentou-se com ministérios e com a elaboração de um plano de recuperação econômica para integrar o novo governo e voltar ao poder.
        Diante da baixa popularidade de Dilma Rousseff e do PT, apoiá-los aumentaria as chances de derrota nas próximas eleições de 2016 e 2018. A 'solução' encontrada então pelo PMDB provavelmente foi trocar de lado para continuar aonde sempre esteve. Nada surpreendente. Por outro lado, o núcleo mais próximo de Dilma Rousseff demorou em negociar uma reversão dessa desagregação e, talvez, não quis fazer, já que isso envolveria a salvação de Cunha no Conselho de Ética contra o seu processo de cassação na Câmara dos Deputados.
     Com a finalidade de combater ao máximo esse jogo de interesses que está longe de representar as demandas da sociedade, cada vez mais é vista como imprescindível a realização de uma Reforma Política coerente. 
      E os argumentos jurídicos e técnicos para sustentar o impeachment? Cada vez mais parecem ser apenas um pretexto duvidoso e complexo para conferir a todo esse tumulto certa aparência de legitimidade. Uma estratégia para ter o aval de uma população que sofre as consequências de problemas estruturais na educação e da falta de pluralidade de informações. Mais uma vez, é preciso destacar: somos roubados não apenas nos cofres, mas também nas ideias. Antes mesmo das denúncias apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os as supostas pedaladas do governo, o "Fora, Dilma!" já estava nas ruas, capitaneado, assim como outros movimentos da sociedade civil, por partidos políticos.
       Em seu primeiro pronunciamento no Palácio do Planalto, marcado pelo entusiasmo dos presentes na cerimônia apesar do momento delicado da democracia brasileira, Michel Temer destacou a missão de comandar um governo "de salvação e coesão nacional" e com foco na necessária e urgente recuperação da economia. No entanto, engana-se quem crê na estabilização e na salvação do Brasil apenas com base na melhora dos indicadores macroeconômicos (PIB, inflação e taxa de desemprego). O Brasil é muito mais complexo politica e socialmente para acharmos que economia, economia e mais economia são as únicas áreas de gestão a serem priorizadas por um governo. 
       O plano de recuperação econômica de Temer (privatizações, mudanças em legislações trabalhistas e previdenciárias e redução de pastas, a ponto de importantes órgãos de fiscalização das atividades públicas, como a Controladoria-Geral da União (CGU), perderem sua autonomia e serem agregados a outros ministérios) não garante por si só a estabilidade social e política do país por mais que, com essas medidas, a economia seja reaquecida.
   Se esses e outros projetos, como a diminuição das demarcações de terras indígenas, a flexibilização do Estatuto do Desarmamento e a expansão da terceirização do trabalho, forem aprovados, não há como alcançarmos minimamente a paz e a coesão idealizadas por Temer. O motivo não é tão difícil de entender: grande parte dessas medidas está distante de atender  às demandas tanto de significativos segmentos da população quanto de minorias, que conquistaram vários direitos antes e durante os governos do PT.
      Foram essas medidas as apresentadas pelo PSDB nas últimas três eleições presidenciais, não sendo suficientes para derrotar o PT. Para ter o mínimo de governabilidade, Temer pode, em contrapartida, ceder e dar a canetada final para esses projetos elaborados por seus aliados entrarem em vigor.
       Não é possível que em todas as crises, no Brasil e no mundo, o único 'remédio' aplicado por lideranças políticas seja o da tesoura em programas sociais, direitos nas áreas trabalhista e previdenciária e em outros gastos com o respaldo da comunidade empresarial e da imprensa. Não é possível a austeridade, fórmula econômica também usada pelo governo Dilma enquanto Joaquim Levy foi ministro da Fazenda, ser o único caminho disponível. A gravidade da situação econômica atual do Brasil se deve, principalmente, às contas públicas estarem no vermelho e os cofres públicos, quase vazios. Mesmo assim, não é possível não haver outras alternativas tão eficazes, menos drásticas e que evitem a socialização das perdas.
       Este processo de impeachment tem um diferencial crucial em relação a outros que ocorreram na América Latina nas últimas décadas: nunca antes um(a) presidente, mesmo isolado(a) politicamente, esteve amparado(a) por tantos cidadãos e movimentos sociais quanto Dilma Rousseff. Diante desse cenário, Temer precisaria apresentar uma real agenda de propostas de conciliação e não apenas um discurso sobre. Manter programas sociais é fundamental, mas não é bastante para esses grupos, cuja opinião dificilmente mudará somente com a recuperação da economia. Para esses grupos, uma maior participação nas decisões políticas é mais importante. 
      Agora em estágio talvez avançado demais para ser revertido, o impeachment em nada alterou a rígida estrutura da política brasileira. Ao analisarmos os perfis político/ideológico da nova equipe ministerial montada, do Congresso e do discurso de Temer, percebe-se a mudança de atores políticos, mas o jeito de se fazer política continua inalterado.  Por tudo isso, o presidente em exercício já enfrenta sua primeira crise: a de legitimidade, como mostram as pesquisas de opinião. Pelo visto, "Temer" não é um nome que combine com os dos herois, idolatrados ao extremo na cultura brasileira. Um pouco menos de salto alto é o melhor projeto que esse governo eleito com 0 votos pode oferecer ao país neste momento. 

                                             Mattheus Reis.      

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Os plebeus chegam ao trono

                                                        Os melhores filmes.


Herois improváveis: até então pouco
conhecidos no mundo do futebol,
 Mahrez (à esq.) e Vardy foram os 
destaques do primeiro título 
inglês do Leicester na história.
     Schmeichel, Simpson, Morgan, Huth e Fuchs; Drinkwater, Kanté, Albrighton e Okazaki; Mahrez e Vardy. Desconfio até da capacidade dos videntes em prever que esses 11 jogadores comandariam nesta temporada um modesto clube rumo ao título mais importante de sua história centenária: o do campeonato inglês, o mais rico do mundo. O responsável por essa façanha tem o nome de uma pequena, mas orgulhosa cidade do interior: Leicester. A conquista inédita, confirmada antecipadamente hoje, é épica não apenas pela surpresa causada ao mundo do futebol, mas porque quebra um modelo de gestão do futebol que cada vez menos possibilita "pequenos" virarem "grandes".  
     A partir da segunda metade do século XX, a intensificação do processo de Globalização conduziu as relações políticas, econômicas e culturais a uma amplitude e complexidade nunca antes vistas. O futebol não ficou a par dessas rápidas e muitas vezes danosas transformações na forma como os mercados, as instituições políticas e povos interagem entre si. No mundo esportivo, mais precisamente, a expansão proporcionada pelos avanços tecnológicos na transmissão e na cobertura de jogos dos mais variados torneios para os quatro cantos do mundo aumentou o espaço de exposição e também a concorrência entre os clubes por investimentos de empresas em estrutura, patrocínios e repercussão midiática.
       Antes da Globalização impor o modelo neoliberal de negócios no mundo, as disparidades financeiras e técnicas entre as equipes já existiam, assim como as denominações "time grande" e "time pequeno" estavam presentes na imprensa esportiva. Na Europa, no entanto, as disparidades no futebol não eram, 50 anos atrás, tão abissais como atualmente, quando apenas 2 ou no máximo 3 supertimes concentram as disputas pelos títulos de cada campeonato nacional todos os anos.
     Obviamente, é preciso destacar a exemplar administração dessas potências do futebol mundial, que alcançaram um patamar de organização invejável aos clubes brasileiros. A profissionalização da gestão do futebol parece ser um caminho sem volta e que começa a ser trilhado gradativamente no Brasil. Por outro lado, a realidade atual do futebol não pode impedir quem é pequeno, hoje, de sonhar e trabalhar para ser grande a médio prazo.
       Já consolidados economicamente antes mesmo da noção de "clube-empresa" ser introduzida aos negócios do futebol, Manchester United, Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Juventus e outros ampliaram ainda mais nas últimas décadas as diferenças de arrecadação em relação aos clubes de pequeno e médio porte do futebol europeu, em uma corrida na qual o pelotão de elite largou com vantagem quase irreversível. A qualidade do espetáculo e o estilo "bonito" de se jogar são os responsáveis por renovar a paixão pelo esporte e deveriam ser direito universal em uma imaginária "Constituição do futebol". 
     Por conta desse cenário, que podemos classificar de "injusto" e reduz as surpresas, o título do Leicester merece ser aplaudido de pé. Da mesma forma que alguns conseguem quebrar a banca dos jogos de azar em grandes cassinos de Las Vegas, Macau e Monte Carlo e fazer fortunas repentinamente, o antes improvável campeão driblou o status quo do futebol contemporâneo, marcado pela exclusão e elitização. Um clube quase rebaixado para a 2° divisão no ano passado e cujo elenco no início desta temporada era 6,5 vezes menos valioso do que o elenco mais rico do campeonato inglês em 2016, o do Chelsea, que ocupa apenas a 9° posição na tabela. Os dados são do site "Transfer Market". 
     Não há muito mais o que explicar por trás da sensação do futebol neste ano. Tanto se comenta sobre a excepcional gestão dos grandes clubes europeus, mas esquecemos da lição ensinada  pelo Leicester: é possível encontrar bons jogadores a preços acessíveis, ao contrário de muitos dirigentes que formam elencos "galácticos" visando à repercussão midiática e à quantidade de novas camisas a serem vendidas ao invés das vitórias, que também geram dinheiro, não se esqueça!
     Sob o comando do técnico Claudio Ranieri, o time 'encaixou' a ponto  de estar na parte de cima da tabela durante todo o campeonato e derrubar os gigantes de Londres, Liverpool e Manchester. Contra Arsenal, Chelsea, Tottenham, Manchester City, Manchester United e Liverpool, foram 12 jogos, 5 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, além de ter obtido o melhor desempenho como visitante (11 vitórias em 18 jogos realizados até agora). O resto é mágica, é sorte, é o destino, são as restantes e agradáveis surpresas do esporte mais popular da Terra. 
     A história do título inédito do Leicester possui todos os requisitos para se transformar em um roteiro de cinema digno de um Oscar. O renascimento em meio às cinzas e a luz no fim do túnel são narrativas com as quais nos identificamos já que todos nós passamos por altos e baixos. Apesar de já termos assistido a inúmeros filmes cujos enredo e personagens são marcados pela superação, não cansamos de rever e de nos emocionar com alguns deles. Ainda mais se o 'filme' for real e passar diante dos nossos olhos. O filme "Leicester" merece replay.

                                              Mattheus Reis