Lições da tragédia

Do governo, advém a ausência de fiscalização nas obras. É inaceitável as autoridades permitirem que janelas sejam erguidas, comprometendo estruturas de sustentação, ainda mais sendo esta prática proibida por lei. Porém não existe em código algum a necessidade de declarar a execução de obra interna, outro fator responsável pelo desabamento.
Por mais burocráticas que sejam as leis, o desastre no centro do Rio de Janeiro não pode cair em esquecimento. A criação de uma legislação voltada para a segurança destas construções é urgente.
A demora em um pronunciamento oficial do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes condiz com o aparato elaborado para acontecimentos de grande porte. O Estado não deve presenciar somente momentos de vislumbro e de sucesso da cidade. A omissão transmite uma imagem de incapacidade política ao exterior e um descaso com a população.
Acerca da comunidade de engenharia e arquitetura é necessária uma reflexão; que no momento do planejamento de uma grande obra, a segurança daqueles que utilizarão - seja um edifício ou uma casa - deve ser priorizada ao invés do lucro proveniente da compra de materiais de baixa qualidade.
A capacitação do profissional engenheiro é primordial, principalmente com a estrutura e instalações esportivas para a Copa do Mundo, em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 quando erros desta escala serão inadmissíveis.
Mattheus Reis