
Após conquistar seu primeiro título mundial de pilotos, em 2008, em uma épica batalha contra Felipe Massa, Hamilton fascinou-se pela fama e notoriedade adquiridas e caiu de rendimento nas temporadas seguintes. Os erros e imprudências o afastaram das vitórias e, por conta disso, sua imagem se arranhou com a equipe que defendia, a McLaren.
Hamilton precisou redescobrir seu espírito competitivo e dedicação ao trabalho com o intuito de retrilhar o caminho de sucesso nas pistas. O jejum de títulos e as poucas vitórias são desesperadores para qualquer piloto que conheça seu potencial e talento. Hamilton os tinha e isso não se perde definitivamente. Quando se transferiu para a Scuderia Mercedes, ano passado, iniciou o seu processo de evolução assim como sua nova equipe. Os frutos do árduo trabalho foram, enfim, colhidos hoje. No meio do deserto, ele encontrou um oásis.
É inegável a superioridade dos carros da Scuderia Mercedes, que dominaram a temporada: foram inúmeras "dobradinhas" e vitórias em 16 dos 19 GP's disputados. Porém, todo grande carro necessita de uma "excelente peça" no cockpit, entre o volante e o assento. Rosberg tinha plenas condições de ser campeão já que tinha nas mãos o mesmo carro e mecânicos tão qualificados quanto Hamilton. Os problemas mecânicos enfrentados pelo alemão em Abu Dhabi influenciaram na perda do título, mas não foram cruciais. O inglês, mais talentoso, conseguiu domar seu ímpeto, agressivo ao extremo, que lhe tirou o título de 2007, seu ano de estreia na Formula-1, ainda na McLaren, o melhor carro na época. Rosberg e o ímpeto descontrolado de Hamilton ficaram para trás. Uma corrida não se vence apenas na pista.
A vitória na última etapa coroou o ano inesquecível de Hamilton, mas ela foi ameaçada nas voltas finais por Felipe Massa, o 2º colocado, guiando uma Willians, equipe que mais evoluiu em 2014, saltando da 9ª posição no campeonato de construtores, em 2013, para 3° nesta temporada. Esse desempenho surpreendente enche de expectativa os fãs brasileiros de que Massa possa novamente estar em condições de brigar por vitórias e até pelo título no ano que vem. Resta torcer! A Fórmula-1 voltará a rasgar o asfalto dos circuitos ao redor do mundo a partir de 15 de março em Melbourne, Austrália.
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Mattheus Reis