Há pelo menos duas semanas, o clima de tensão ronda os
ares do extremo oriente. O regime ditatorial norte-coreano intensificou as suas
já conhecidas ameaças à vizinha Coreia do Sul e ao seu aliado, EUA, a ponto de
por em xeque a paz na região, com a realização de testes nucleares.
O atrito na península coreana é, sem dúvida,
a grande e viva lembrança do período da Guerra Fria. Ocorrida na década de 1950,
a segregação é o maior paradoxo em termos políticos, econômicos e sociais
existente nos dias atuais. Uma simples fronteira é vista como portal, que
separa a Idade Medieval do futurismo.
A grande questão desse tema refere-se ao
objetivo do líder norte-coreano Kim Jong-Un em proclamar tanto ódio contra seus
opositores. É evidente a inferioridade militar de seu país em relação ao trio formado
por Japão, EUA e Coreia do Sul. Qualquer estalinho lançado nestes territórios
terá como retaliação contra-ataques das proporções dos que varreram do mapa
Hiroshima e Nagasaki. Levar adiante um confronto tão irracional seria a
assinatura de sua sentença de morte.
Por isso, todo este terror soa como uma paranoia disseminada. Trata-se da necessidade do líder comunista em firmar-se no
poder. Kim Jong-Un assumiu o poder após o falecimento da grande figura política
do país, o seu pai Kim Jong-Il. A aparente falta de personalidade do sucessor faz
com que ele seja extremamente doutrinado pelos seus aliados ortodoxos e avessos
a qualquer possibilidade de abertura do regime.
Em meio a tantas demonstrações de violência, a comunidade internacional deu um enorme passo na tentativa de contornar o cenário. A Organização das Nações Unidas aprovou, na terça-feira, resolução que impõe inúmeras restrições à comercialização de armas. A Coreia do Norte, além de Irã e Síria, votou contra a proposta. Esta atitude ratifica o preconceituoso, porém cada vez mais verídico, rótulo do país ser membro do "Eixo do mal". Admitir que George Bush estava certo é lamentável.
Mattheus Reis
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