quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Em busca de um legado




                                                      Hora de agir
      
Chega de esperar: Obama em anúncio de ambicioso
 plano para "limpar" a matriz energética americana.
       Ele está correndo contra o tempo. Enquanto o seu partido, o Democrata, e o opositor, Republicano, já se preparam para eleição presidencial do ano que vem, Obama mede esforços para deixar um legado minimamente concreto e duradouro para mais de 300 milhões de americanos a partir do momento em que não for mais o ocupante do salão oval da Casa Branca. Os últimos meses foram de avanços significativos tanto na política interna quanto externa; nem tudo saiu conforme o idealizado quando Obama escreveu seu nome da história como o primeiro presidente negro dos EUA; ainda há muito o que fazer.
       A crise financeira iniciada em 2008 foi um choque para as pretensões iniciais do então recém eleito presidente. O combate ao desemprego e a retomada do crescimento passaram a ser prioridades na maior economia do planeta durante os seus primeiros 4 anos de mandato. A partir de medidas inicialmente impopulares tomadas, a imagem do governo se deteriorou. Atualmente, no entanto, já são visíveis os indícios da retomada da economia americana mesmo que gradativamente: nos últimos 5 anos, foram criadas mais de 13 milhões de postos de trabalho no país.
       Outra promessa de campanha finalmente saiu do papel após longas batalhas políticas e judiciais: a Reforma da Saúde. Nos EUA, não existe um sistema de saúde pública integrado como o SUS brasileiro. Por conta disso os americanos são submetidos a pagar caro por planos de saúde ou arcar despesas de tratamento hospitalar do próprio bolso. Essa reforma, também conhecida como Obamacare, tem por intuito subsidiar os preços dos planos de cobertura médica para famílias cujas faixas de renda mensal estão entre as mais baixas. Mais de 20 milhões de pessoas já estão sendo beneficiadas.
       A legalização do casamento civil entre homossexuais em todos os estados americanos, a reaproximação diplomática com Cuba, o acordo de não-proliferação nuclear assinado conjuntamente ao Irã e o recente lançamento de um programa de redução das emissões de gases do efeito estufa são outros avanços mediados e desejados por Obama.
       Os passos dados até agora têm uma enorme complexidade e impacto na cultura local. As pesquisas de opinião mostram que esses efeitos, na sua maioria benéficos, não foram sentidos ainda, como um todo, já que apenas 43% aprovam a gestão de Obama, um percentual não tão elevado. Um novo jeito de governar - bem diferente do apresentado por presidentes anteriores e responsável por defender bandeiras como o meio ambiente, a diplomacia pacífica, os imigrantes hispânicos e o grupo LGBT - ainda enfrenta muitas oposições na classe política e na sociedade americanas.
       Mesmo enfrentando problemas como o crescimento da influência fundamentalista do Estado Islâmico e os comprometedores casos de espionagem a empresas e a governos empreendida por agências de segurança americanas, Obama, deixa um plataforma de boas ideias e propostas de continuidade para aquela que se apresenta com mais chances de ser a candidata de seu partido à sucessão, Hillary Clinton. 


Leia mais sobre o assunto:
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,obamacare-ja-beneficia-20-milhoes---imp-,1714929
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/03/1609756-eleicao-presidencial-nos-eua-ja-domina-debate-nos-eua.shtml
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2015/07/17/interna_mundo,490800/aprovacao-de-obama-cai-apoio-segue-forte-entre-jovens-minorias-e-liberais.shtml


                                                              Mattheus Reis

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