sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Efeito dominó

                                                                Via única

   Nessa semana, a presidenta Dilma Rousseff, por mais relutante que tenha sido em afastar o ministro Carlos Lupi do comando da pastado trabalho, não resistiu as pressões das bases aliadas e opositoras e acabou demitindo-o. Lupi é o sétimo ministro do governo a ser derrubado desde o início do governo Dilma.

   Assim como seus colegas, não precisou ser abatido à bala e por mais que ame a presidenta, a escolha foi a mais correta. Embora seja considerado um homem forte e de confiança do governo, o ministro do trabalho envolveu-se em escândalos incortonáveis e dificilmente escaparia das acusações. E mesmo que escapasse, continuaria no cargo sem credibilidade.
   Pensando a longo prazo, no seu processo de reeleição, Dilma Rousseff evitou um desgaste maior na sua equipe, além das críticas que sofreria tanto agora quanto em 2014 de opositores do PSDB que provavelmente lançarão candidatura ao planalto.
   O próximo da lista é Fernando Pimentel, sob investigação por ter recebido comissão de R$130.000 de uma empresa nordestina de forma suspeita. Como ocupa uma pasta de menor importância  (desenvolvimento, indústria e comércio), não deve resistir, nem mesmo, até reforça ministerial, que ocorre no início do mês de Janeiro.
   Se a queda sucessiva soa como um atestado de incompetência por parte da presidenta, é importante ressaltar que no fim do ano passado houve controvérsia devido a intervenção de Lula na escolha da equipe que seria comandada por Dilma. Ambos são os responsáveis.
   A única via de arcar com as consequências baseia-se na conclusão imediata dessa "faxina". Negada pelo governo, ela realmente existe. E por mais contestada que seja, é o único instrumento acessível que auxilie - mesmo que parcial e momentâneamente- no combate a esta crise.

                                                                 
                                                       Mattheus Reis
   

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