sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Corrida pelo poder.

                                                        O Voto não tem preço 
 
    Nesta semana, em que teve início nos meios de comunicação a propaganda eleitoral gratuita e o julgamento do mensalão encaminha-se para a sua fase mais decisiva, a política tende a dominar as manchetes da mídia. A democracia representa o sistema no qual a manifestação popular é imprescindível à sua manutenção. A história apresenta inúmeros capítulos de luta pela ampliação dos direitos civis e políticos. Entretanto, em alguns momentos, o eleitorado prova que utiliza inadequadamente esta ferramenta de poder.
   Mesmo que o Brasil tenha proporcionado à sua nação grandes avanços socioeconômicos, na última década, a conjuntura nacional ainda retrata quadros alarmantes de disparidades. Tal situação estimula a coação de políticos mal intencionados sobre cidadãos desacreditados através de promessas e medidas assistencialistas paliativas. Estratégia semelhante - porém com adesão da repressão - adotada em períodos anteriores com as oligarquias do início do século XX. O clientelismo não deixou de existir, apenas remodelou-se. As milícias, atualmente, constituem o exemplo mais evidente de subserviência. A figura do coronel e seus jagunços foi substituida pela a dos grupos paramilitares.
   Como consequência, assiste-se à ascensão de candidatos não comprometidos com a causa social, que visam interesses próprios. O julgamento do mensalão soa como alerta àqueles que irão às urnas no mês de Outubro e gera uma reflexão acerca das enormes responsabilidades e implicações do voto.
   A campanha "Diretas já", diante da inflexibilidade e opressão do regime militar e o processo de impeachment de Fernando Collor, em 1992, ratificam a força e poder do povo brasileiro, que contará pela primeira vez com o auxílio da Lei da Ficha Limpa - importante ação implementada com o intuito de reduzir a incidência de práticas ilícitas na máquina administrativa. 
   No Brasil, o voto é obrigatório entre dezoito e setenta anos, mas é perceptível o desinteresse de grande proporção, principalmente no segmento jovem, do eleitorado na escolha de seus respectivos representantes. Ao mesmo tempo, somente o voto é capaz de transformar esse contexto e impor as reais necessidades da sociedade. O cidadão, sobretudo, deve informar-se sobre a política nacional para a perpetuação do senso crítico politico. 

                                                     
                                             Mattheus Reis

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