Era uma vez um rei

O supercampeão paralímpico comoveu o mundo, em julho de 2012, ao participar com atletas sem deficiência das provas de atletismo dos Jogos Olímpicos de Londres. Suas próteses de fibra de carbono reverteram um cético tabu: aqueles que afirmavam sua incapacidade em competir em alto nível passaram a cogitar prováveis vantagens obtidas pelo uso das próteses. Além de recordes, Oscar derrubou a desconfiança.
O.J. Simpson, Tiger Woods, Bruno. Acusado formalmente por homicídio premeditado, Oscar Pistorius, tão quanto estes outros atletas mencionados, denigre sua carreira profissional por envolvimento em escândalos pessoais ou em crimes. Casos sem relação íntima com o esporte, porém que possuem o agravante de envolver não somente a ética, como pessoas e vidas.
O assassinato de Reeva Steenkamp soma-se a outras 2488 mortes de mulheres e 200 mil ocorrências de agressões, raptos e estupros registradas nos últimos 7 anos; uma triste realidade da África do Sul. Diante deste cenário de violência, não serão as milhares de armas espalhadas pelas residências sulafricanas a solucionarem o problema da alta incidência de crimes enfrentado pelo país.
Os super-heróis do século XXI, quando não estão vestidos com suas capas, se transformam em vilões frios e calculistas? É uma tendência surgirem vários “coringas” dentro do mundo esportivo? Cada vez que um ídolo perde seu trono de glória, um jovem apaixonado por esportes perde uma referência. Eu perdi uma. Uma que tinha suas próteses tão idolatradas quanto as chuteiras de um grande craque do futebol.
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Mattheus Reis
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