terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Jornada a ser cumprida

                                  A lição de Obama ao "Tea Party"


     Barack Obama iniciou de forma pública o seu segundo mandato à frente da presidência dos Estados Unidos. Seu discurso é prévia da postura com a qual o líder democrata lidará com as adversidades existentes na administração do país: garantia da inclusão social às minorias, coroando-a com um retoque de esperança, diante da tímida recuperação da economia, porém com maior rigidez na relação com os republicanos no Congresso.
     De fato, chegou a hora de Obama enfrentar sua "prova de fogo". Não é necessária a adoção de tanta cautela, pois não há mais  riscos de derrota nas eleições. Os magnatas jurássicos do grupo “Tea Party” – mais rebeldes do que os colonos revoltosos contra as Leis Intoleráveis – terão um adversário mais incisivo principalmente nas questões econômicas a partir de agora.
     Embora a recessão tenha denegrido parte de sua reputação, os Estados Unidos continuam a ostentar soberanamente o status de terra das oportunidades, que encanta milhões de imigrantes vislumbrados com novas expectativas de vida. Os latinos representam 15% do total de habitantes. Em 2042, hispânicos e negros, conjuntamente irão compor a maioria da população norte-americana. A reformulação da política imigratória busca, desse modo, atender as reivindicações da minoria que, no futuro, será predominante.
       A defesa da união entre homossexuais caracteriza-se como mais um passo determinante na quebra de preconceitos na sociedade americana. Decisão, esta, que deve estar acima do senso crítico individual, sendo encarada como um tema cada vez mais presente no cotidiano.
       Vale ressaltar a presença da articulação política nas entrelinhas dessas medidas. O apoio tanto de latinos quanto homossexuais aos democratas podem garantir importantes votos nas próximas eleições legislativas, em 2014, e na sucessão presidencial em 2016.
       O dia 21 de janeiro de 2013 simbolizou uma possibilidade de renascimento para os EUA. Mitt Romney afirmava a existência de uma crise sem precedentes. Só. Obama replica, reconhece a conjuntura desfavorável, e acredita em uma reviravolta já decorrente e não tão refém dos grandes conglomerados empresariais. Esse é o sentimento que envolve a nação mais poderosa do mundo: a predestinação, a crença no potencial do país. Assim deve ser o caminho traçado, a fim de retomar a geração de empregos, efetivar o maior controle sobre a comercialização de armas, entre outros temas-chave.
       Somente daqui a quatro anos, a história definirá a passagem de Obama pela Casa Branca. Seja parcial ou totalmente construído, seu legado terá como marca individual a nova metodologia de condução implementada, progressista em todos os âmbitos. Exemplo para os demais líderes mundiais e, sobretudo, para arcaicos membros do “Tea Party” republicano.

* Leia mais sobre o início do segundo mandato de Barack Obama à frente dos EUA!


                                                          Mattheus Reis

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