segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A volta fulminante do Ebola

                                                           Perigo letal


     Serra Leoa, Guiné e Libéria, países localizados na costa ocidental do continente africano, são o epicentro de uma nova epidemia de Ebola. Após 38 anos, uma das doenças mais mortais da atualidade volta a assombrar uma população extremamente carente e com poucas forças para lutar contra um vírus tão difícil de ser combatido. Os sintomas, como febre, irritações na pele e na garganta e dores fortes no corpo, quando contraídos na região, fazem aumentar a preocupação de ONGs e das autoridades locais em isolar ao máximo possível os pacientes a fim de evitar novas contaminações.
     Isso porque o contágio se dá facilmente por fluidos corporais, como o suor e a saliva, afetando inclusive médicos responsáveis por atender as vítimas. Em 1976, a comunidade científica soube pela primeira vez da existência do vírus quando o primeiro surto, ocorrido no Congo, causou uma grande quantidade de mortes que, porém, já foi superada pela epidemia iniciada no fim do ano passado e que no primeiro semestre de 2014 atingiu o seu ápice. Até agora, registraram-se cerca de 1500 casos, dentre os quais aproximadamente 800 mortes foram confirmadas nos três países, o que caracteriza um índice de mortalidade superior a 50%.
     Outros surtos e epidemias frequentemente assolam a África subsaariana. Malária, Cólera e Poliomelite são as mais recorrentes e as responsáveis por inúmeras mortes. As condições sanitárias e estruturais precárias, nesses países, contribuem para o alastramento de doenças já erradicadas em outras partes do mundo. O Ebola emerge novamente sob o mesmo contexto: Serra Leoa, por exemplo, apresenta um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano do mundo.
     A ajuda humanitária está efetivamente presente, sendo ela imprescindível. Todavia, os relatos de que o vírus se alastra mais rapidamente do que o seu combate se transformaram em um apelo por socorro. Estratégias mais elaboradas devem ser traçadas entre as ONGs, as autoridades locais e a Organização Mundial de Saúde para que sejam intensificados o suporte médico às áreas de difícil acesso, a descontaminação de locais públicos e a chegada de recursos que melhorem a estrutura para o tratamento de doentes em um esforço coletivo a fim de que o Ebola não cause tantas mortes.   



Saiba mais sobre o assunto!

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/08/zh-explica-o-que-e-o-virus-ebola-que-deixou-mais-de-700-mortos-na-africa-4565742.html


                                               Mattheus Reis














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