segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eleições no Peru

                                      Novo Chávez?

   
  Após o acirrado pleito de ontem realizado no país andino, o candidato nacionalista Olanta Humala derrotou a neoliberalista Keiko Fujimori pela presidência do Peru. A comunidade internacional não aprovava uma possível e, já concretizada, vitória de Humala. Como consequência disto, o pregão da Bolsa de Valores peruana, foi encerrado há agora pouco com brusca queda de 11%.

    Esses 11%, representam a confiança de investidores estrangeiros de aplicarem seus respectivos capitais na economia do país. Isso deve-se, a desconfiança rodeada sobre o presidente eleito, que possui características semelhantes de governo com o chefe de Estado Venezuelano Hugo Chávez. A Venezuela se depara à uma severa crise financeira, provocada pela má gestão de procedimentos de reestatizações de companhias privadas gerando, a estagnação da economia local. E analistas políticos temem que o caos se repita no Peru com Humala no poder.
    A sua vitória sobre Fujimori, foi por diferença mínima e, obtida apenas no 2° turno, demonstrando equilíbrio total. Keiko, prometera atração de capital proveniente das potências mundiais, acarretando no desenvolvimento financeiro. Tese perfeita, caminho traçado semelhantemente ao do Brasil - espelho para as nações latino-americanas.
    Entretanto, ela é filha do ex-presidente, ou melhor, ex-ditador Alberto Fujimori, responsável pela maior crise já existente no Peru, devido ao gigantesco rombo orçamentário culminando, na diminuição da verba pública. Este pode ter sido, sem absurdos, o desempate favorável a Humala: a desconfiança acerca de Keiko Fujimori.
    A qualidade do vigente governo de Allan García, fez os dois candidatos conquistarem o apoio do povo. Embora o país tenha suportado significativamente bem a recessão econômica 2008-2009, não houve diminuição das taxas de desigualdades sociais, possibilitando o descarte do aliado de García, Alejando Toledo, logo no 1° turno.
     O Brasil, de praxe, aprovou a conquista de Humala. Lula foi sua referência durante esse longo processo eleitoral. Por conseguinte, ambas as relações diplomáticas se fortalecerão. O país tropical, abençoado por Deus ganha mais um forte aliado econômico do setor latino-americano.

                                                          Mattheus Reis


* Textos complementares


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